o fruto podre precipita
em toda sua vã glória corrupto
enquanto o velho visionário enclausurado
com voz surda o final abrupto antecipa
e da mais funda e ignota natureza
uma criança inocente grita
um novo Ulisses transfigurado
que conduzirá num périplo a humanidade fraca
em sua nave sob um novo fado
no sempre horizonte a mesma Ítaca
enquanto o mortal peso da incerteza
fará confundido
lado a lado
o certo e o errado
o rei e a massa
o vaso e o iconoclasta
o vaso certo o rei errado a massa iconoclasta
(mai/1996)
Nenhum comentário:
Postar um comentário